01 abril 2013

# Tempo - Coisas Inacabadas - Apoio da família.

Quem é candidata(o) a Au Pair vive correndo atrás de tempo. Tempo pra visitar agências, fazer os testes, preencher os requisitos, conseguir dinheiro. Tempo... Tempo... Tempo!

Quando se tem 24 anos tempo também é um fator determinante no seu programa. Pelo que tenho visto nos grupos de Au Pairs, a maioria das meninas se encontra na faixa de 20 a 23 anos. A grande maioria já esta graduada e não tem  mais as obrigações costumeiras que prendam as mesmas ao Brasil. Eu pelo contrário, ainda não terminei a faculdade (de Direito) e nem sei se é isso que quero. No momento esse intercâmbio é o que vem preenchendo toda minha mente e a vontade de estar lá supera os limites da normalidade. Será que é só comigo que é assim? Desejar tanto uma coisa?



Tenho tantas coisas para fazer, começar a por em prática. Mas tem algo que me segura, que me impede de correr atrás. Estou com muitas linhas sem um "ponto final " ou "ponto em seguida". Tenho minha faculdade, alguns cursos, família, namorado, medo e etc... Parece que vai ser impossível alcançar aquilo que quero. Não estou conseguindo traçar uma meta, organizar meus objetivos. E quando penso que tracei, algo acontece e me desanima.

Eu desejaria ter terminado a faculdade antes de ir, mas creio que não vai dar tempo, me sinto atrasada neste ponto. Parece que vai ser sempre algo inacabado em minha vida e isto não me deixa feliz, muito pelo contrário. Tranquei a faculdade desde agosto de 2012, e mais este ano de 2013. Não estava indo bem na aulas, estava dispersa  indo por obrigação e sem vontade, parecia que estava caminhando pra um enterro, tamanha tristeza que tinha em ir. Faltava bem pouco pra me formar, mas desisti mais uma vez. Não gosto que me julguem, afinal cada um tem seu tempo, mas a maioria pensa "Tão perto. Termina logo isso", mas não é assim tão simples.

A questão financeira é foda. Sei que a maioria das Au Pairs escolhe o programa pois é o mais barato e isto me inclui. Gostaria de ganhar mais, porém se eu arrumar um emprego agora perco a possibilidade de fazer uma viagem para o Rio Grande do Sul em Julho, algo que quero muito! Ai você pensa "Mas por que você precisar ir?" Bom meu namorado mora lá e eu não o vejo tem tempo, preciso ficar com ele.

Então é isso, divida entre o amor e o sonho. Mas sei que só estou adiando temporariamente, pois em Agosto vou correr atrás de um emprego que seja mais satisfatório, financeiramente falando e se Deus quiser vou conseguir!

Este post é mais uma espécie de desabafo/Apresentação informal, não tenho como saber se sou a única menina que está passando por estes conflitos e situações. Na verdade nunca fui do tipo que se expõe e compartilha sua vida em blogs e redes sociais. Mas juro que meus amigos não aguentam mais em ouvir falar dos Estados Unidos,sobre o programa e enfim, tudo que envolva Au Pair. Parece uma eternidade até eu ir para lá e não quero sufocá-los com meus dramas particulares.

Meus pais são um caso a parte. Minha mãe apoia meu sonho, é a única com quem posso conversar, mostrar coisas que quero fazer por lá e as experiências que quero viver. Ela é minha melhor amiga e mesmo que sejamos muito apegadas não deixa de me incentivar a lutar. Já meu pai... Bom, desde o final do ano passado quando decidi que iria viajar, tivemos um briga, ele não compreende porque quero ir, diz que vou perder tempo, que quando voltar estarei muito velha para o mercado de trabalho e sem uma graduação não é para eu esperar um bom emprego. Enfim ele tem razão em alguns pontos, afinal ele só quer o melhor para mim, porém não deixa de magoar, saber que ele não vai me apoiar.

Ele não aceitou o intercâmbio, porém disse que pagaria a taxa de inscrição na agência. Até então já estava animada, providenciando as aulas de direção ( vendo os preços da auto escola e etc.). Quando em janeiro eu fui comentar com ele se ele iria mesmo pagar meu intercâmbio, ele fingiu que nunca disse que me ajudaria, e brigamos novamente, desta vez mais seriamente, ficamos até sem nos falar, mas eu disse a ele que custasse o que custasse eu mostraria se iria ou não. 

O clima na minha casa foi meio tenso, não nos falamos por quase 2 meses. Até que uma noite aos poucos voltamos a nos falar, ele (sem mencionar intercâmbio) falou que gostaria que eu me matriculasse em alguns cursos, já que não estava na faculdade e estudasse para concursos públicos, pois é um emprego com salário, relativamente bom e estabilidade. Eu aceitei, na verdade estava conformada que o Au Pair demoraria muito a acontecer, em virtude do dinheiro. Mas agora, depois de 1 mês de aulas no preparatório, ainda não consegui me conectar com aquilo. Só penso que se ao invés de pagar este curso já estivesse dando entrada no meu programa, em julho já estaria com 70% encaminhado e que até final do ano poderia embarcar. 

Enfim, este post está imenso e novamente me sinto meio só no meio de tanta gente tocando a vida pra frente e com as famílias apoiando seus sonhos.

Desculpem os desabafos, mas tenho que registrar até minhas frustrações durante o processo de Au Pair.



Bjs de uma quase Au Pair!



0 comentários:

Postar um comentário